O quinto filme da franquia Transformers, a mais odiada/amada de Hollywood chega aos cinemas hoje (20 de Julho). Depois de três filmes com o ator Shia Labeouf no papel do protagonista da história. E mais um, já com Mark Wahlberg no papel, a franquia do diretor Michael Bay chega com folego total, já que juntos os 4 filmes anteriores fizeram rios de dinheiro. Possibilitando continuações, spin-offs e derivados.
A trama do filme se inicia logo após os acontecimentos de Transformers: A era da extinção, onde Code (Mark Wahlberg) se esconde, junto com Autobots em uma área afastada da civilização, já que todos eles são vistos como inimigos da Segurança Pública. Aqui iremos saber de histórias passadas que interligam a Terra e Cybertron (Planeta dos Transformes).

O início do filme é basicamente o estabelecimento de toda a sinopse. A partir daí o filme entra na tentativa de interligar e estreitar as relações dos personagens. Porém falha nesse quesito. Os laços são ligados rápidos demais, sem que tenhamos maiores aprofundamentos, e o roteiro se estabelece como tocante, quando em momento algum nos importamos de fato com os personagens.
Rapidamente, o filme entre em modo de ação, e as pirotecnias de Michael Bay entram em jogo. São explosões para todos os lados, faíscas, fogo, fogos de artifícios, quase tudo sem a menor necessidade narrativa e estética. Funcionam apenas para poluir a já tão prejudicada fotografia do filme.
O roteiro por sua vez consegue ter a pachorra de ser muito mais sem vergonha do que tais pirotecnias. A invencionice produzida por ele é descabida, louca, ruim e mal desenvolvida. Por que mesmo que achasse uma ideia ruim, ela poderia ser bem desenvolvida e dentro dela mesmo se tornar algo cognitivamente aceitável e plausível. O que não é o caso aqui. Nos pegamos o tempo todo desconfortáveis com o que está acontecendo em tela, tamanha falta de conexão entre as cenas.

O humor do filme basicamente se resume a cenas de humor batido, ou por esporádicas piadas espalhadas por um roteiro desconexo e sem graça. Vale ressaltar que o filme tenta brincar com piadas sexuais envolvendo Code e seu par romântico, porém, indubitavelmente todas as piadas de tal cunho são completamente inoperantes e sem graça.
As qualidades do filme mais uma vez se prendem no uso de CGI, que mais uma vez é muito bem feito. A riqueza de detalhes, os closes feitos repetidas vezes, a textura, profundidade, novamente os robôs parecem ser de verdade. E também na ação entre os próprios robôs. A lutas são momentos interessantes de serem assistidos. Principalmente se você já gosta da franquia.
Sobre a direção de Michael Bay é redundante falar que ele mais uma vez apenas repete tudo que já havia feito nos filmes anteriores. Cortes excessivos, uma montagem confusa, que te desnorteia o tempo inteiro, que te faz ficar confuso a cada 20 segundos.
O elenco tinha pouco para entregar, mas Anthony Hopkins consegue ser elegante, engraçado e carismático mesmo com tão pouco. Já Mark Wahlberg, mesmo não sendo um gênio no drama, demonstra fisicalidade na hora certa. Laura Haddock faz o papel clichê da mulher inteligente, mas que precisa do homem para defende-la, pouco produtivo e por isso entrega muito pouco.

Transformers: O último cavaleiro não é um filme empolgante, mas as suas 3 horas e 9 minutos me pareceram ser mais suaves do que eu esperava. Talvez pelos motivos errados, mas é certo de que dificilmente irá sentir que o filme é tão longo. Mas a certeza é de que se trata de um filme de baixíssima qualidade, com erros grotescos de continuação, de direção, de montagem e fotografia. Nada de novo é feito, Michael Bay basicamente repete a fórmula. Se você já é fã irá continuar gostando, se você não é, não será esse filme que irá te converter.
NOTA: 3,4
Nome Original: Transformers: The last knight
Lançamento: 20 de Julho de 2017
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ken Nolan / Arthur Marcum
Gênero: Ação
Distribuidora: Paramount Pictures